Nossos amigos e grandes ciclistas mineiros Célio Ladeira, Atalibas Gomes e Geraldo Santos participaram no dia 11 de agosto de 2017 no BRM 600 Km de Rio das Ostras, organizado pelo nosso clube irmão Audax Rio. Lá encontraram o Alexander e a Mônica, de Itaperuna/RJ e que costumam pedalar conosco, também enfrentando o desafio de pedalar nos ventos do litoral.
Parabéns a todos! #aerp
O Célio fez um relato que gostaríamos de reproduzir.
Minhas impressões do Audax 600 km Rio das Ostras:
A baixa altimetria não significa prova fácil. Retas longas, 10 km, 20 km, aliadas à uma topografia plana são fatores de muito desgaste na prova. A exigência física é muito grande uma vez que você manterá o mesmo ritmo durante horas. Não tem folga. Se descansar o pedal, você para.
Se sua cadência é de 100 rpm ela será mantida por horas e horas.
Além disso, seu psicológico é fortemente abalado porque as retas longas, planas, com paisagens com o mínimo de variação, passam a impressão de que você não está rendendo. Você não está saindo do lugar. E pior, você olha para frente e é capaz de jurar que está subindo, então o Garmin diz para você que a elevação é zero.
Interessante que durante a prova teve praticamente uma subida nos níveis das de Minas e uns 30 km com muito buraco na pista. Não é que foram os trechos de que mais gostei? A subida me levou para o meu terreno e a pista cheia de buraco mudou meu ritmo o tempo todo, quebrando a monotonia. Nesses dois trechos eu sabia que estava andando.
Essas são as características da prova que mais me afetaram. Então, a questão principal são os treinos pré-prova, que têm de ser focados nas características da prova.
Para mim, outro ponto forte nessa prova foi o companheirismo e a amizade desenvolvida durante o percurso. Fizemos toda a prova com 5 pessoas bem unidas, união gerada durante a prova. Foi legal. Foi o Ataliba/BH, Geraldo/BH, Marcos/SP, Miguel/SP e eu. Em vários trechos o Willian/SP (o Japa) esteve junto.
Parabéns aos Rondonneiris de 1000 km. Foram 39 horas que eu tinha dormido apenas 1:30 horas.
Quanto ao tempo de prova, poderíamos ter chegado com 38 horas mas com a situação sob controle paramos mais e curtimos o final da prova (caldo de cana na entrada da cidade). A surpresa é que à 2 km da chegada, dentro da cidade, eu peguei um buraco e minha câmara estourou. Gastamos um tempinho para trocar.
Valeu muito e a satisfação de ter conseguido é indescritível.
Venci muitos obstáculos. Sai de BH com os dois joelhos bichados. Já no início da prova eles manifestaram e aí tive meu primeiro abalo psicológico. Tive medo, mas também tive força para superar as dores. O Dorflex aerosol e a Novalgina foram grandes aliados que usei como se estivesse me hidratando. Errado, talvez, mas nessa hora foda-se.
Agradeço a todos do Clube Inconfidentes Pedalantes. Aprendi muito com todos vocês no tempo que estamos convivendo e isso foi fundamental para ter chegado aos 600 km.
A batalha ainda não terminou. Tenho o desafio dos 200 km que farei em setembro pelo IP. Com ou sem joelho vou estar lá.Preciso muito deste resultado também.
Encontraremos lá.Célio Ladeira
Esperamos todos nos BRMs 600 e 200 km e no Desafio 90 km de Itaúna/MG nos dias 8 e 9 de setembro de 2017. Informações e inscrições em: http://inconfidentespedalantes.org//600itauna/
Tiago Garfield
“Se quiser ir rápido, vá sozinho. Se quiser ir longe, vá em grupo”
Provérbio Africano