Brevet Randonneurs Mondiaux 200 km e Desafios de Governador Valadares 2017 – Vistoria e impressões iniciais

postado em: BRM200, Comunicados | 8

 

Quando divulgamos nosso calendário de BRMs para 2017 e anunciamos que haverá um BRM 200 km em Governador Valadares, muita gente comentou: “vocês são doidos?! Vai tá quente pra caramba!” Então, que dia melhor para vistoriar o percurso proposto entre Governador Valadares e Itambacuri do que o solstício de verão?

Pois é…

No dia 21/12/2016 tivemos a oportunidade de viajar a Governador Valadares para encontrar nosso randoneiro habitual Paulo Morais, que está nos auxiliando com os corres para a organização do BRM 200 e Desafios de GV. Como o tempo era curto nessa agenda de fim de ano (tínhamos que estar de volta em BH ainda à noite), nos dividimos em duas equipes. Enquanto o Andrei pedalava o trecho entre GV e Itambacuri para ter a experiência ciclística da estrada e avaliá-la do ponto de vista da randonagem, o André Schetino percorreu o trajeto de carro, estabelecendo contatos para a largada, possíveis postos de controle e almoço em Itambacuri.

André Schetino, Paulo Morais e Andrei Golemsky em Governador Valadares.

 

Para quem tem costume de pedalar pelas serras próximas à BH a experiência de pedalar pela BR116 no trecho em que ocorrerá o BRM 200 km é bastante diferente. Longas retas a perder de vista, baixa (e muito bem distribuída) altimetria (deverá ser nosso BRM como menor altimetria na temporada: em torno de 2.400 metros de subida acumulada apurados pelo Ride With GPS), ampla visão da paisagem emoldurada pelas montanhas ao longe. No aspecto do clima, começamos a pedalar já às 10h35 e podíamos sentir o calor aumentar significativamente ao longo do dia. No entanto, pequenos momentos de chuva leve refrescaram a experiência de pedalar os quilômetros finais.

 

Retão a perder de vista pra frente…

 

Retão a perder de vista pra trás também… (mesmo ponto da foto anterior)

 

Com relação à estrada, já sabíamos que ela seria mais movimentada do que as que costumamos percorrer na maior parte dos BRMs que organizamos. Some-se a isso o fato de estarmos fazendo essa vistoria em dia útil, às vésperas do natal. Muitas carretas, ônibus e carros de passeio podiam ser vistos. Imaginamos que boa parte desse movimento já seja de pessoas saindo de férias ou para comemorar natal e ano novo. Acreditamos que no dia 19 de fevereiro de 2017 esse movimento será menor, também por se tratar de um domingo. Apesar do intenso movimento, em nenhum momento teve-se a sensação de pedalar sob ameaça dos demais veículos. Obviamente, esta é uma percepção que tem um grande componente subjetivo. A experiência em compartilhar vias é importante, pois não seria desejável que um ciclista com menor experiência se assuste fácil e frequentemente com a passagem de carretas e ônibus em alta velocidade ao seu lado. Mas repetimos: a experiência de pedalar o trecho mais movimentado do percurso (mesmo que nesse momento atípico do ano em que pareceu ser mais movimentado) não fez com que a experiência de pedalar pela BR116 fosse ruim. Ao contrário, foi um pedal muito tranquilo e gostoso.

 

Trecho da estrada entre Governador Valadares e Itambacuri. Distrito de Chonim de Baixo.

 

Trecho da estrada entre Governador Valadares e Itambacuri. Ponte sobre o rio Suaçuí.

 

O acostamento é largo e não foi invadido pelos demais veículos em nenhum momento dessa primeira vistoria. No entanto, tem muita areia e lama em muitos trechos. Num desses, uma queda quase foi provocada devido a um erro de avaliação do Andrei antes de passar por um pedaço em que achava que a terra estaria seca e compactada. Na verdade, era uma lama muito alta (mais de dois palmos em alguns trechos) e movediça. As duas rodas foram travadas e deslizaram lateralmente. Sorte não estar clipado e nem em alta velocidade no momento. Olhos de gato e tachões surgem em alguns lugares, principalmente em algumas localidades por onde a estrada passa e apresenta quebra molas e/ou lombadas físicas e eletrônicas. Outros pontos de atenção são as subidas em que o acostamento dá lugar à terceira faixa. Talvez, esses sejam os pontos em que os veículos mais pesados podem passar mais próximo do ciclista, mas são trechos curtos e a velocidade desses veículos é menor por estarem subindo esses trechos pesados. Em alguns pontos em que há bambuzais à beira da estrada é preciso ficar bem atento, pois alguns se debruçam sobre o acostamento. Há alguma sujeira no acostamento também, principalmente composto de detritos e pedaços de pneus de caminhões.

 

Olhos de gato no acostamento nas localidades em que há quebra molas e lombadas físicas e/ou eletrônicas. Atenção!

 

Tachões no acostamento nas localidades em que há lombadas eletrônicas. Atenção!

 

Como falamos acima, toda a altimetria é muito bem distribuída, não havendo nenhuma subida muito íngreme que se destaque. Mesmo o Andrei, que é bem rôia, pedalou 100% do trajeto no coroão. Esse BRM tem potencial para todo mundo baixar seu tempo dos 200 km.

Com relação à navegação, ninguém vai precisar se perder no BRM de GV. Se em BH exigimos muito de navegação, em GV vai ser: saia da largada, vire à direita, aponte o nariz e vá!; faça frente para a retaguarda e volte! Os maiores desafios do BRM de GV devem ficar por conta mesmo do compartilhamento de via com veículos pesados e do clima.

 

Chegando em Itambacuri.

 

Sobre esse último ponto, filtro solar é obrigatório. Capacidade para carregar bastante água e isotônico também. Metade do percurso oferece muitas opções de abastecimento na estrada. A outra metade pode ter intervalos em torno de 20 km entre uma opção de abastecimento e outra. Todos os postos de combustível do caminho oferecem banheiros e bebedouros com água bastante gelada.

 

Bebedouros com água gelada estão disponíveis em todos os postos de combustível do trajeto. Mantenham suas caramanholas e camelbacks abastecidos.

 

Além dos postos de combustível e bares e restaurantes, em muitas localidades a população local gera sua renda a partir de serviços prestados aos caminhoneiros que trafegam na BR116. Caldo de cana salvador em Campanário.

 

Bom, essas são as primeiras impressões de uma vistoria inicial para o BRM 200 km e Desafios de Governador Valadares. Outra vistoria será feita em janeiro, quando complementaremos essas informações.

 

Link para o percurso da vistoria. O BRM 200 km será um bate e volta GV-Itambacuri-GV.

 

Até a semana entre o natal e o reveillon abriremos as inscrições. Portanto, coloquem o BRM de GV nas suas promessas e intenções de ano novo.

Abraços a todos e aguardamos vocês por lá!

8 Responses

  1. Fred Freitas

    Bom dia! Coloca mais informações do 110 km aí. Obrigado.

    • Vinícius Mundim Zucheratto e Figueiredo

      Bom dia, Fred! As informações para o 110km são bem parecidas com o que já está divulgado. A diferença é que vocês entram na placa pra Jampruca, 5km de estrada secundária, vão até a igreja local (PC Fotográfico) e retornam para registrar o PC1 no Casa Branca e de lá pra GV. Qualquer dúvida é só mandar.

  2. Hamilton junior

    nao estou conseguindo achar onde faz as inscricoes, alguem pode orientar

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